terça-feira, 10 de agosto de 2010

Sem medo da prolixidade e também da concisão

eu tenho andando meio mal dos dedos.não que eu não tenha escrito, nem que eu não tenha pensado. o meu pecado tem sido a execução...ainda estou me desvencilhando das amarras que o texto jornalístico exige - e que não questino, porque entendo e acho válido.pretendo em breve saber usar ,e não usar, essas cordas que ficam entre os dedos.
vim aqui tentar desamarrar a minha cabeça. tirar a matemática bancária, que já não é a da quarta-série, onde os números negativos não existem. eu andei vindo tanto aqui, que eu acabo não fazendo nada - e isso é outro problema. imagine que eu vivo 24horas por dia há 19 anos. São poucos anos, se comparado à quantidade que outras pessoas possuem, mas pra mim ,e só pra mim, são muitos - afinal, temos o máximo de anos que podemos ter. São poucos anos, mas a cada minuto é uma informação diferente. Depois de multiplicações consecutivas, verás que são muitas idéia e pouco tempo para execução - mesmo que seja uma execução somente retórica, absolutamente expeculativa e arbitrária. a tela é pequena...e por não caber, pouco me esforço para enfiá-la. Devem ser as amarras.

é durante que se faz. nem antes, nem depois.e é por isso que o texto sai assim: sem maiúscula ou minúscula, sem correção, quem sabe sem coesão e tampouco concisão. mas é assim que eu quero, pelo menos nesse texto. pura prolixidade.

ouvi dizer que os poetas amam, na verdade, o amor que eles tem pela contemplação escolhida. eu acredito. se não há razão no seu amor, se não há motivos para seguir em frente, se, enfim, você quer estacionar ali, é porque você ama o seu amor. Deixe eu me explicar. se a situação é de vidro quebrado num chão escorregadio, mas você prefere aquilo que um andar sem graça, uma grama, terra fofa, é porque na verdade você ama o sentimento de amar alguém acima de tudo - e não o próprio alguém. é confuso e só percebe quem já está quase querendo abandonar o alguém, mas não o amor. é claro, é um holofote no seu rosto, que infelizmente cega. temos que pensar que o alguém é a personificação do sentimento. a personificação do amor que você sente pelo mundo. e na verdade é tão forte porque é condensado.

e o confronto dos mundos dentro de um só?eu não esqueci - nem por um segundo. é a briga do velho contra o novo, que é mais ou menos acirrada de acordo com as questões temporais, que infelizmente eu ainda não sei destrinchar. o que vai ficar e o que vai sair? o que vai entrar, o que vai voltar?enfim, tema chato.

as amarras voltaram, mas agora nos olhos.
vou me recolher.

apesar de breves, fiquei feliz. se todo dia eu tirar o nó por pelo menos 5 minutos, eu serei 5minutos mais feliz todos os dias.

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